Brasil enxerga oportunidades na transição energética, afirma diretor-geral do RCGI em conferência no Egito

Durante o painel “Energy Transition: What does it mean for Brazil” promovido pela Conferência Nacional da Indústria (CNI) na COP27, em Sharm El-Sheikh, Egito, Julio Meneghini, diretor-geral e científico do RCGI (Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa), destacou que o Brasil possui um conjunto de oportunidades únicas na atual fase de transição energética. Ele ressaltou a importância de utilizar soluções locais que possam ser exportadas e aplicadas em outros lugares, como forma de limitar o aumento da temperatura global em relação aos níveis da época da Revolução Industrial. Meneghini enfatizou que o Brasil possui diversas oportunidades e que é essencial explorá-las de maneira adequada. O país tem potencial para se tornar um exportador de conhecimento nesse contexto de transição energética.

A integração de diferentes tecnologias será o principal desafio para o processo de descarbonização no Brasil. O país possui um enorme potencial na geração de energia eólica offshore, combinado com as reservas de pré-sal e a capacidade de armazenamento de carbono em cavernas de sal. Isso posiciona o Brasil como um potencial líder nessa área, tanto em terra quanto no oceano. Além disso, o país possui um mix favorável de fontes de energia terrestres e está desenvolvendo soluções baseadas na natureza, bem como possibilidades de captura, utilização e armazenamento de CO2. A integração harmoniosa dessas tecnologias é fundamental para impulsionar a descarbonização no país.

Fonte: https://www.rcgi.poli.usp.br/transicao-energetica-traz-oportunidades-para-o-brasil-diz-diretor-geral-do-rcgi-no-egito/

Setor brasileiro busca promover produção de óleo ‘descarbonizado’ e investimentos em energias renováveis

Durante o ESG Energy Forum, Maurício Tolmasquim, diretor de Renováveis e Transição Energética da Petrobras, afirmou que a indústria de petróleo e gás terá um papel relevante na transição energética, especialmente no Brasil, devido à extração de petróleo com menor teor de CO2 e à reinjeção desse gás nos campos produtores. Tolmasquim destacou que a Petrobras já representa um quarto de todo o CO2 reinjetado no mundo. No entanto, ele também defendeu que as empresas do setor invistam em energias renováveis, citando cinco razões: adesão dos países às metas de descarbonização, redução da demanda por petróleo, menor custo de implantação de projetos de energia solar e eólica, e queda nas vendas de veículos a combustão. Tolmasquim previu uma provável queda na demanda por petróleo até 2050, em torno de 40%, para atender às metas de redução de emissões dos países. Fonte: P https://www.ibp.org.br/noticias/setor-sera-relevante-na-producao-de-oleo-descarbonizado-e-investimento-em-renovaveis

Brasil avança no desenvolvimento de projetos de captura e armazenamento de carbono

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU afirma que, para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC até o fim do século, é necessário remover dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Além do reflorestamento e outras soluções naturais, as empresas estão cada vez mais investindo em técnicas industriais para capturar e armazenar o CO2 abaixo do solo. Essa abordagem está começando a se desenvolver no Brasil, com algumas iniciativas em andamento e um projeto de lei em tramitação no Senado para regulamentar essa atividade no país.

A estatal brasileira está considerando lançar um serviço de captura e armazenamento definitivo de dióxido de carbono (CCS) para outras empresas. O primeiro hub piloto será instalado no terminal de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, com capacidade para capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano. Além disso, há outros dois projetos em andamento no Brasil. A FS Energia está investindo US$ 65 milhões em uma unidade de produção de etanol a partir do milho, com previsão de lançamento comercial no final de 2024. O terceiro projeto é uma pesquisa e desenvolvimento focado em aprimorar os sistemas de captura de CO2 em termelétricas a gás natural, envolvendo a Eneva e a Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC). Essas iniciativas visam contribuir para a redução das emissões de CO2 e o combate às mudanças climáticas no Brasil.

Fonte: https://www.capitalreset.com/projetos-de-captura-e-armazenamento-de-carbono-comecam-a-ganhar-corpo-no-brasil/?utm_campaign=26062023_-_captura_de_carbono_br&utm_medium=email&utm_source=RD+Station